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Crítica - Annabelle 2: A Criação do Mal (Por Edmo Jr.)

homem Aranha

Por Edmo Jr.



Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation), dirigido por David F. Sandberg ( 'Quando as Luzes se Apagam' e o vindouro 'Shazam' ), segue como prelúdio para o filme de 2014 (Annabelle), onde tivemos o primeiro filme derivado do sucesso de James Wan, Invocação do Mal (The Conjuring) de 2013, criando assim um universo compartilhado de terror sobrenatural.


O filme começa mostrando a família Mullins, o chefe de família Samuel (Anthony LaPaglia), sua esposa Esther (Miranda Otto) e sua amada filha, Annabelle, carinhosamente chamada de "Abelhinha", interpretada por Samara Lee, os Mullins são famosos fabricantes de bonecas artesanais, que após uma terrível tragédia, se isolam e fecham o negócio da família. Anos depois, resolvem transformar sua casa numa espécie de orfanato, ajudando a igreja e abrigando algumas meninas e aos cuidados de uma freira. Janice interpretada por Talitha Bateman, é uma jovem vítima da poliomelite, é a primeira a ter uma sensação estranha dentro da casa, algo acontece todas as noites ... e conforme os eventos vão se tornando maiores, a história se desenvolve.

O diretor abusa das sombras e dos momentos de tensão, depois do terceiro susto, você até começa a suspeitar 'de quando será o próximo', algo que parece previsível, mas não chega a tanto ... os sustos são terríveis. Talitha Bateman, é linda, talentosa, transmite o pavor que sente em cena através do olhar, destaque para a cena da escada, a personagem, com toda sua deficiência, demonstra coragem que muito marmanjo não tem, sem falar em Linda de Lulu Wilson, outro pequeno talento, que ao ver a situação que sua melhor amiga está passando, Janice, Linda parece ser a única a acreditar nela, e querer ajudar, algo que fica claro em certa cena ao tentar afastar a amiga do mal que a aflige. O tipo de cena em que todos no cinema gritam "tá maluco! sai fora", a pequena destemida Linda, está lá. 

O casal dono da casa, não tem muitos diálogos com as visitantes, visto que depois da tragédia, a senhora Mullins vive em seu quarto, sem sair da cama, o que rende as meninas muitas histórias sobre ela ... e uma cena de arrepiar os cabelos, diga-se de passagem. A irmã Charlotte (Stephanie Sigman), custa à acreditar nos testemunhos das meninas, a personagem serve como um tipo de ponte entre as meninas e o casal Mullin, quando começa investigar os acontecimentos passados.

A história de origem em si, é simples, não exige tanto do filme, é bem contada, Sandberg com experiência em terror, usa a fotografia como ninguém, o posicionamento da câmera em certas cenas, até entrega que algo vá acontecer, o problema é, quando (?), o que rende sustos e gritos ao público, algo que eu mesmo não via há algum tempo.

Dito isso, o filme te prende até o final, é superior ao primeiro, sem dúvidas, pra quem curte esse universo criado em Invocação do Mal, valem as referências e easter eggs que fazem parte desse universo sobrenatural.

Particularmente, algo que me incomoda, é o título nacional do filme, o uso do "2", já que se trata de um filme de origem, um prelúdio, e o número remete à uma continuação ... vacilo dos responsáveis pelo lançamento do filme aqui.

Vale lembrar, o filme possui duas cenas-pós créditos!



Nota: 8.0

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