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Crítica - IT: A Coisa (Por Edmo Jr.)

homem Aranha

Por Edmo Jr.


IT: A Coisa, adaptação da obra de Stephen King, dirigido por Andrés Muschietti, finalmente chega aos cinemas. A adaptação que parece ser mais fiel, mas completa, desenvolve melhor seus personagens, devido ao fato do diretor dedicar todo o filme à primeira parte do livro, mostrando a jornada das crianças, no final dos anos 80, após o desaparecimento de Georgie, que é o início da história de terror para as crianças.

O "Clube dos Perdedores" (Loser´s Club), traduzido aqui como "Clube dos Otários", é formado por um grupo de crianças que de alguma forma sofrem perseguição na escola, e encontram um nos outros, um amigo com quem podem contar em qualquer momento, o clube formado por Bill (Jaeden Lieberher), Ben (Jeremy Ray Taylor), Bervely (Sophia Lillis), Richie (Finn Wolfhard), Eddie (Jack Dylan Grazer), Mike (Chosen Jacobs) e Stan (Wyatt Oleff), resolve investigar os desaparecimentos na pequena cidade de Derry. Bill, mesmo um ano depois do desaparecimento de seu irmão, Georgie, nunca desistiu dele, e insiste em descobrir seu paradeiro, mesmo tendo seus pais desistido da busca.

Muschietti aproveita o tempo que tem com o filme, para desenvolver e aprofundar a história dos personagens, não bastassem serem perseguidos na escola, cada um deles tem seus problemas pessoais ... o que é muito bem desenvolvido para a maioria deles.

Um dos destaques do elenco, é Richie, interpretado por Finn Wolfhard, conhecido pelo público como Mike de Stranger Things, é fácil imaginar que sua escalação te a ver com a ambientação do filme ser nos anos 80 como na série da Netflix, porém o personagem é totalmente diferente, se em Stranger Things, ele é um garoto nerd tímido, em IT, ele é um desbocado debochado ... o que gera alguns bons momentos de descontração durante o filme.

Jaeden Lieberher que interpreta Bill e Sophia Lillis que vive Bervely, também se destacam, no caso de Bill, além de não se conformar com o desaparecimento do irmão, o personagem tem problemas de fala, é gago, o que gera a perseguição na escola. Bervely, uma jovem que tem má fama na escola, ainda precisa lidar com um pai problemático. Sem falar em Jeremy Ray Taylor, que interpreta Ben, personagem responsável pela descoberta do padrão nos acontecimentos da pequena cidade. Já um personagem que se destaca, mas por sua história rasa, e fraco desenvolvimento, é Stan de Wyatt Oleff, o que parece ser um dos personagens menos motivados do filme.

Pennywise, "a coisa", interpretado por Bill Skarsgard, evitando comparações com a versão de Tim Curry, Skarsgard mostra sua versão para o palhaço dançarino, que desperta a cada 27 anos para se alimentar. Pennywise abusa de seu poder de mudar de forma para atrair mais vítimas, as crianças. Dono de uma risada perturbadora, possui alguns momentos tensos, a trilha sonora chega até a lembrar o filme de 1990 ... em determinada cena, na casa abandonada, existe uma clara homenagem ao Pennywise de Tim Curry.

E por falar em trilha sonora, o que deveria ser o ponto alto do filme, se tratando dos anos 80, de onde surgiram grandes clássicos, o filme peca, tem algumas bandas clássicas, como The Cure, porém, sem seus clássicos, o diretor optou por trabalhar com músicas desconhecidas pelo público, o que sem dúvidas, foi um erro.

Entre sustos, uma ambientação sombria e efeitos visuais que fazem o pesadelo das crianças se tornar real, crédito para o diretor, que com um orçamento baixo conseguiu realizar um bom filme de terror. Difícil agora, será conseguir um elenco adulto à altura das crianças para mostrar a segunda parte da luta contra Pennywise.

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Nota 8,0


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