Crítica - Blade Runner 2049 (Por Edmo Jr.)

Por Edmo Jr.
Blade Runner 2049 de Denis Villeneuve (A Chegada), sequência da ficção de 1982 dirigida por Ridley Scott, (baseado no romance de Philip K. Dick, Do Androids Dream of Eletric Sheeps?) segue a risca o que foi estabelecido no universo criado nos anos 80.
A história é ambientada 30 anos após os acontecimentos do filme original, acompanhando o oficial da polícia de Los Angeles, K, um caçador de androides, interpretado por Ryan Gosling (Drive, La La Land) que em suas buscas por replicantes remanescentes se depara com um mistério que pode levar ao fim da raça humana, então começa uma investigação que o leva até Rick Deckard de Harrison Ford, que simplesmente desapareceu desde os acontecimentos do filme original, e pretende continuar fora do mapa.
O filme é guiado pela investigação de K, que o leva à partes de uma Los Angeles destruída pela ação do homem e do tempo, enquanto desperta o interesse de Niander Wallace, interpretado por Jarde Leto, o responsável por dar continuidade ao trabalho da Tyrell Corporation na criação de novos replicantes, Leto enquanto excelente ator, parece ter sofrido do mesmo mal que sofreu em Esquadrão Suicida, o pouco tempo de tela prejudica o desenvolvimento do personagem, um dos mais interessantes do filme.
Enquanto Gosling tem todo o filme para desenvolver seu personagem, e evoluir durante a trama, o ator dita o tom do filme, assim como Ford fez no original, e neste faz uma participação, ajudando K a chegar ao fim de sua investigação. O filme também conta com Robin Wight (Mulher Maravilha) como Joshi, a tenente de polícia, Ana de Armas como Joi, Sylvia Hoeks como Luv, braço direito de Niander (personagem que teve mais tempo de tela que o próprio Niander) e uma pequena participação de Dave Bautista (Guardiões da Galáxia) como Sapper Morton, personagem responsável pelo início da investigação de K.
Vileneuve ao mesmo tempo que acerta com a trilha sonora (de Hans Zimmer e companhia) inspirada pelo original de Vangelis, a fotografia (a ambientação é fantástica) e uma história sensacional e mais complexa que o original, peca no tempo de execução do filme (quase 3h de filme), tornando o filme lento (como o original, apesar de mais curto), e as vezes até cansativo, porém, prendendo sua atenção até o fim para ver como o mistério será solucionado, além de claramente deixar questões em aberto para uma eventual sequência, o que seria bem-vindo.
Então se você pretende assistir o filme, tenha o original em sua mente, e tempo livre para 2h e 43min de ficção científica.
Nota 8,0
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