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Crítica - Perdidos no Espaço ( Por Edmo Jr. )

homem Aranha

Por Edmo Jr.

Perigo! Will Robinson!


Perdidos no Espaço ( Lost in Space ) a nova série de ficção científica que chega à Netflix, é uma releitura da série criada por Irwin Allen, exibida entre 1965 e 1968, e que também contou com uma versão para os cinemas em 1998.

Na série, em 2046, a família Robinson está a bordo da nave espacial Júpiter 2, em uma missão para colonizar um novo planeta, Alpha Centauri. Porém, sua nave sofre um acidente e cai em um planeta desconhecido, onde eles precisam sobreviver e descobrir uma maneira de deixar o planeta.

A bordo da J2, estão o comandante da expedição, John Robinson ( Toby Stephens ), sua esposa, Maureen Robinson ( Molly Parker ), e seus filhos, Judy ( Taylor Russell ) a filha mais velha, Penny ( Mina Sundwall ) e o pequeno Will ( Maxwell Jenkins ), que precisam trabalhar em equipe para sobreviver e descobrir uma maneira de deixar o planeta onde estão. Essa parte do núcleo do elenco ( visto que nessa versão, os Robinson não são os únicos em missão ), a mais importante, claro, não deixa a desejar em nada, a relação entre Will e o robô ( que viria a ser o B9 da série clássica ), é construída de forma rápida e estabelecem uma forte ligação, algo que poderia ter um desenvolvimento melhor, talvez, mas nada que tire o crédito da série. A série intercala a incursão da família Robinson com flashbacks de momentos de seu relacionamento enquanto estavam na terra, revelando alguns de seus problemas pessoais.

Mais à frente, conhecemos Don West ( Ignacio Serricchio ), personagem que mais se aproxima da versão de Matt LeBlanc ( do filme de 1998 ), cabendo ao personagem, o pouco alívio cômico que a série permite, nada desnecessário, apenas reflexo do perfil do personagem.

Um dos destaques da série, é o Dr. Smith, ou melhor, Dra. Smith ( Parker Posey ), uma mudança que pode soar como reflexo da época em que vivemos ( sem dúvidas ), mas que tem uma introdução na série diferente de tudo que já foi feito com o personagem até hoje, e também revela sua origem, um tanto satisfatória, por sinal. Posey emprega ao personagem, tudo de melhor e pior que ambas as versões do "vilão" tiveram, tanto com Jonathan Harris, quanto Gary Oldman. Smith é cínica, sarcástica, calculista, sem escrúpulos, é possível ver como o personagem presta atenção a tudo em sua volta, e usa a seu favor, não importa o custo, no fim, a escolha de Posey para o papel, é mais um ponto positivo para a série.

A fotografia é excelente, as paisagens, na maioria das vezes "criada" para série, é perfeita. O designer de produção, desde o visual das naves e trajes espaciais também é sensacional, destaque para a nave, Júpiter 2, que tem um conceito bem trabalhado sobre o original, lembrando também a versão de 98. Já o robô ( B9 ), com o visual bem diferente das outras versões, traz sua fala clássica para a nova série, porém, percebesse as cenas em que o CGI é deixado de lado e temos um ator usando um traje em cena, seja pela maneira de andar ou pela silhueta mais "esguia" no CGI, algo que poderia ter sido melhor executado ( eu acho... ).

Outro ponto positivo para a série é a utilização do tema original de John Williams de 1965, retrabalhado de forma fantástica para essa nova versão.

No final das contas, é mais um acerto da Netflix, seja com a adaptação ou produção, a série agradará até mesmo aqueles que não conhecem o material de origem, mas são fãs de ficção-científica.


Nota 8,0

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