Crítica - Vingadores: Guerra Infinita ( Por Edmo Jr. )

Por Edmo Jr.
Vingadores: Guerra Infinita ( Avengers: Infinity War ) enfim chega aos cinemas. Dirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo ( Capitão América: O Soldado Invernal, Capitão América: Guerra Civil ), é anunciado como ponto culminante do Universo Cinematográfico Marvel.
No filme, dois anos após os acontecimentos de Guerra Civil, os Vingadores estão divididos, e vão precisar reunir todos os aliados que conseguirem, inclusive os Guardiões da Galáxia para deter Thanos, que chega à Terra em busca das Joias do Infinito.
Em um filme com tantos personagens importantes, fica difícil dar a devida atenção e importância a todos, algo que os irmãos Russo, conseguiram fazer na medida do possível, o Homem de Ferro de Robert Downey Jr., consegue dividir uma cena com personagens como o Doutor Estranho de Benedict Cumberbatch e o Senhor das Estrelas de Chris Pratt, sem parecer uma disputa de egos, Stark parece mais contido, provavelmente pela gravidade da situação. Thor de Chris Hemsworth, e o Senhor das Estrelas, tem uma das sequências com mais humor no filme, nada que abalasse a urgência da situação. Por sinal, o filme contém humor, não como em Thor: Ragnarok e Guardiões da Galáxia, os diretores conhecem bem a gravidade e as consequências da história que estão contando, mesmo com personagens como Stark, Peter Quill e Drax de Dave Bautista, dividindo a cena, não se torna uma comédia, nem parece exagerado. Gamora, interpretada por Zoe Saldana, tem sua importância na história, afinal, é filha de Thanos, assim como Nebulosa de Karen Gillan, que parece não ser a filha favorita do Titã.
Um dos destaque, é Thor, que mostra por que é o Deus do Trovão, e tem algumas das melhores cenas do filme, diferente daquele fiasco que foi seu terceiro filme solo, parece que os diretores e os roteiristas deram o devido respeito que o personagem merecia. Chris Evans traz de volta Steve Rogers ( não mais o Capitão América ), um dos melhores personagens do MCU, a seriedade do personagem, e seu altruísmo são inabaláveis. Steve divide a maioria de suas cenas com Natasha Romanoff, a Viúva Negra de Scarlett Johansson, que talvez precisasse de mais algum tempo de tela, assim como Mark Ruffalo e seu Hulk, o personagem poderia ser melhor aproveitado devido a situação. Já no caso de Groot ( Vin Diesel ) e Rocket ( Bradley Cooper ), a dupla tem sua missão ao lado de Thor.
Peter Parker, o Homem-Aranha, interpretado por Tom Holland, está no meio da ação, e como mostrado na campanha de marketing do filme, é um dos destaques do filme como o Aranha de Ferro, e ainda consegue tempo para referenciar os clássicos dos anos 80. Cobrar desenvolvimento de personagens já estabelecidos em um filme que cobra uma resposta rápida para deter a ameaça que se aproxima, é complicado, assim como o Pantera Negra de Chadwick Boseman e Bucky Barnes ( ex-Soldado Invernal ) de Sebastian Stan, seus personagens participam da ação, sem muito tempo para conversa, diferente do Visão de Paul Bettany e a Feiticeira Escarlate de Elizabeth Olsen, afinal, Visão possui umas das Joias do Infinto, e Thanos a quer, o que faz com que os personagens tenham seus arcos correndo em paralelo com a trama do filme e a busca de Thanos. Mantis ( Pom Klementieff ), mesmo passando maior parte do tempo em segundo plano, tem sua importância, já o Falcão ( Anthony Mackie ) e o Máquina de Combate ( Don Cheadle ), são personagens que parecem estar ali apenas para fazer números, descartáveis.
Thanos, interpretado por Josh Brolin, já mostra à que veio desde o começo do filme, em uma mistura de arrogância e sabedoria, Brolin dá vida ao Titã Louco, um excelente trabalho por parte da captura de movimentos em captar as expressões do ator, que deu ao personagem peso e drama ao contar sua história de fundo, até mesmo sua fome por destruição, tem motivação além do caos.
Mesmo em um filme com tantos personagens importantes, você não os vê, reunidos como um grande grupo só para encher a tela de personagens, a ação acontece em toda parte, com "equipes" sendo formadas devido ao caos da situação, a necessidade faz com que isso aconteça naturalmente, desesperadamente. Destaque para as cenas de ação em Wakanda, se não a cena com mais personagens na tela, a mistura de personagens em CGI e atores reais, passa desapercebida em meio aos cortes rápidos e a urgência dos acontecimentos.
Alan Silvestri aproveita o leque de diferente temas criados para cada personagem, e faz seu trabalho, nada de inovador em termos de trilha sonora, mas traz de volta os temas já conhecidos nesses 10 anos de MCU.
No fim, os irmãos Russo entregam um filme com mais ritmo, cumprindo sua proposta, em meio a algumas surpresas e algumas consequências, afinal, enfrentar Thanos e sair sem nenhuma baixa, é impossível... até para os Vingadores.
PS: O filme possui uma cena pós-crédito, na verdade, é "a cena pós-crédito".
PS: O filme possui uma cena pós-crédito, na verdade, é "a cena pós-crédito".
Nota 9,0
Excelente!
ResponderExcluir