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Crítica - Han Solo: Uma História Star Wars ( Por Edmo Jr. )

homem Aranha
Por Edmo Jr.

Han Solo: Uma História Star Wars ( Solo: A Star Wars Story ) chega aos cinemas após uma produção turbulenta, com direção de Ron Howard ( O Código Da Vinci ).

No filme, o jovem Han, parte em uma aventura com o propósito de se tornar o maior piloto da galáxia. Nesta aventura, ele conhece Chewbacca, Lando Calrissian e a nave mais famosa da saga, a Millennium Falcon.

O jovem Han, interpretado por Alden Ehrenreich, o qual muitos desconfiavam que poderia não ter uma interpretação no nível de Harrison Ford, não desaponta, Alden não tenta imitar Ford, ele imprime no personagem sua atuação, entre trejeitos, expressões faciais e diálogos ( algo impressionante ), é o Han arrogante e impulsivo que conhecemos há 40 anos, porém, uma versão mais jovem, não tão madura do personagem. Em sua busca ele conhece Beckett, de Woody Harrelson, o contrabandista que serve como mentor para Han, Harrelson tem uma interpretação série, um personagem no melhor estilo "já estive por aí e viu todo tipo de coisa", dando profundidade ao personagem. Beckett é o que Han está para se tornar. Acompanhando Beckett, temos Val, de Thandie Newton e Rio de Jon Favreau, como parte de sua equipe. Val e Rio, são personagens que poderiam ter mais desenvolvimento, mais tempo de tela, mesmo tendo cumprido seus papéis no desenrolar da história. 

Um personagem tão icônico quanto o personagem principal, é Chewbacca, interpretado por Joonas Suotamo, sua primeira cena com Han, é um tanto inesperada. A química entre a dupla, não deixa nada a desejar à versão original dos personagens interpretada por Ford e Peter Mayhew.  Qi´ra, de Emilia Clarke, é outro novo personagem, uma amiga de longa data de Han, um personagem com extrema importância na história. Não menos importante, temos Lando Calrissian, interpretado por Donald Glover, o ator traz frescor à interpretação do personagem galanteador, com certa classe e cinismo, suas cenas com Han, muitas vezes remetem à O Império Contra-Ataca, Glover está fantástico no papel, só precisava dividir mais cenas com Han ( quem sabe num próximo filme? ).

O filme é repleto de ação, destaque para o assalto ao trem e a primeira vez em que Han pilota a Falcon ( empolgante ), some isso à referências sobre toda a saga, desde as séries animadas ( que fazem parte do cânone ), à Rogue One, linhas marcantes nos diálogos, referências visuais, citações à personagens e lugares que fazem parte da saga, tudo isso serve para deixar os fãs confortáveis e cientes de onde o personagem está.

Com roteiro de Lawrence Kasdan e seu filho Jon, o filme exibi o DNA da franquia, Lawrence não é estranho à saga, tendo escrito O Império Contra-Ataca, O Retorno de Jedi e O Despertar da Força, fato que faz com que o filme esteja em total harmonia com o resto da saga.

Já a trilha sonora de John Powell, apesar de nada inovadora, ressoa bem familiar aos temas clássicos de John Williams, que também criou algumas composições para o filme.

Dito isso, com uma produção marcada por problemas com a demissão dos diretores Phil Lord e Christopher Miller, algo que poderia ter arruinado o filme, a Lucasfilm consegue com Ron Howard um filme no mínimo satisfatório para os fãs da franquia.


Nota 8,5

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