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Crítica - Os Incríveis 2 ( Por Edmo Jr. )

homem Aranha

Por Edmo Jr.


Demorou um pouco ( 14 anos apenas ), mas o diretor Brad Bird ( Os incríveis ) entrega o aguardadíssimo Os Incríveis 2 ( Incredibles 2 ), que chega aos cinemas dando sequência as aventuras das família Pera.

O filme começa exatamente onde o filme original termina, com os heróis enfrentando o Escavador. O destaque para a sequência inicial do filme, é que vemos a ação através da perspectiva de uma pessoa comum, um "civil". Como visto nos trailers, Helena, a Mulher-Elástica, é convocada para uma missão, onde precisa investigar um novo e misterioso vilão, o Hipnotizador. Para Roberto, o Senhor Incrível, resta cuidar das crianças enquanto aguarda seu chamado para a ação. Entre os "problemas" com as lições de matemática de Flecha, os dramas adolescentes de Violeta e a descoberta dos poderes de Zezé, Roberto se vê mais cansado do que em qualquer missão. O filme também conta com o retorno de Gelado e Edna Moda, como no filme original, precisavam de mais tempo de tela. 

O filme apresenta novos heróis, como Void e Esguicho, cada um com seu peculiar poder, mas sem tempo para desenvolvimento durante o filme, afinal, o foco está na missão da Mulher-Elástica e a vida de "dono de casa" de Roberto.

Entre os destaques do filme, este tem o ritmo mais frenético, com uma ambientação um tanto diferente, enquanto o primeiro filme abusa da luz do dia para ambientar sua ação, a sequência faz uso das sombras, com muitas sequências ocorrendo a noite, aumentando o suspense, o que só deixa as sequências de ação mais tensas. A visão noturna da cidade onde o arco da história de Helena se passa, lembra Gotham City dos quadrinhos, muito bacana. O filme também conta com referências a alguns heróis, para os fãs mais atentos, é fácil perceber as referências a Batman e Superman. Não poderia deixar de citar Zezé, outra agradável surpresa, suas cenas são hilárias, a cena com o guaxinim é a melhor!

A estética do filme, é clássica dos anos 50 e 60, um dos pontos positivos do filme, é vintage da melhor qualidade, presente tanto nos veículos quanto nos vários cenários por onde a história se passa, o universo criado para os heróis da franquia é fantástico. Sobre a trilha sonora, Michael Giacchino não chega a inovar, mas faz um trabalho competente, como fez com o filme original.

O filme traz de volta algumas discussões sobre a ação dos heróis e suas consequências, o que foi um dos pontos centrais do filme original, mas não chega a ser uma repetição, pois é algo que não toma tanto tempo de tela, e evolui para os arcos de Helena e Roberto.

Para finalizar, o filme faz jus ao original, se mostrando uma sequência tão boa quanto seu antecessor. Em meio a piadas e um tom mais maduro, o filme deve agradar a todos que esperaram 14 anos por uma sequência digna.


Nota 9,0

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