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Crítica - Mentes Sombrias ( Por Edmo Jr. )

homem Aranha
Por Edmo Jr.

Mentes Sombrias ( The Darkest Minds ) da diretora Jennifer Yuh Nelson ( Kung-Fu Panda 2, Kung-Fu Panda 3 ), baseado no romance de Alexandra Bracken de mesmo nome ( uma série de 5 livros até o momento ), chega aos cinemas essa semana, e com ele, a promessa de uma nova franquia.

No filme, ambientado no EUA, após uma misteriosa doença matar 90% das crianças e adolescentes, os sobreviventes começam a manifestar poderes psíquicos, com medo, o governo cria uma espécie de campos de concentração para esses jovens. Uma dessas jovens, é Ruby Daly, interpretada por Amandla Stenberg ( Jogos Vorazes ), que consegue escapar, e é caçada pelo governo. Ela se junta a Liam ( Harris Dickinson ), Chubs ( Skylan Brooks ) e Zu ( Miya Cech ), que buscam um refúgio para os jovens sobreviventes.

O personagem que realmente se destaca e tem algum desenvolvimento no decorrer do filme, é Ruby, Liam, Chubs e Zu, são pouco desenvolvidos e explorados, mesmo possuindo tanto tempo de tela quanto a protagonista. O filme também conta com Mandy Moore ( Um Amor para Recordar ), que interpreta a Doutora Cate Connor, que trabalha e um dos "campos de concentração", e Gwendoline Christie ( Star Wars: O Despertar da Força, Game of Thrones ), como Lady Jane, uma caçadora de recompensas que está atrás dos jovens, diga-se de passagem, personagem que poderia ser uma ameaça muito maior no decorrer do filme.

Como uma outra franquia explorada pela FOX, Maze Runner, a história do filme não se passa nos grandes centros urbanos, se em Maze, temos paisagens desérticas, em Mentes Sombrias temos a parte rural dos EUA, grandes campos e florestas ( lembrando um pouco The Walking Dead ), uma fotografia bonita, com direito a pôr do sol de fundo, e alguns dos famosos lens flares, conhecidos dos filmes de JJ Abrams, como Star Trek e Super 8. O diretor de fotografia Kramer Morgenthau ( O Exterminador do Futuro: Gênesis ), utiliza muito bem a luz natural em suas cenas em plano aberto, além de tornar a cena bonita, nos dá a sensação de passagem de tempo.

A direção do filme falha em impor o ritmo, é uma caçada, e em certos momentos os protagonistas parecem esquecer do perigo e se divertem em meio a busca por suprimentos ( o que achei ruim para o ritmo do filme ), a história é interessante, e chama a atenção, até por suas semelhanças com a franquia dos X-Men, vide o tema sobre "jovens com super-poderes sendo caçados pelo governo", mas também lembra o já citado Maze Runner, "jovens em fuga e vivendo em uma comunidade formada por eles"... é algo que já está se tornando clichê nessas franquias baseadas em novos romances. 

Com um ritmo lento, e uma história que ainda te prende até o final, o filme abre as portas para mais um franquia que tem como público alvo os adolescentes, que ao entender dos escritores, adoram ver outros adolescentes fugindo do governo ou grandes corporações.... formadas por adultos, claro.

PS: Para um filme que poderia ser um grande jogo de gato e rato, e iniciar uma nova franquia, talvez até genérica de X-Men, com ação frenética, parece que o rato não estava tão preocupado com gato.



Nota 6,0


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