Crítica - Alfa ( Por Junior Fernandez )
Por Junior Fernandez
Amigos da Sétima Arte
Vamos falar de uma jornada?
Não é uma simples narrativa pré-histórica em que a evolução por si só nos leva por seus caminhos surpreendentes, a jornada é sobre a relação entre o homem e o animal, e como isto pode sobreviver nas mais adversas circunstâncias.
A crítica de hoje é sobre Alfa (Alpha) uma aventura narrada há vinte mil anos atrás, numa localidade ao extremo norte do que hoje seria a Europa. Nos deparamos com uma tribo que em vista aos seus ritos e tradições nos apresenta o jovem Keda (Kodi Smit-McPhee, o irreconhecível Noturno de X-Men Apocalipse) filho do chefe da tribo.
Em sua primeira caçada, liderados pelo chefe Tau (Jóhannes Haukur Jóhannesson), que mesmo com toda sua experiência vê seu filho sucumbir em uma fatalidade, para a surpresa de todos ele sobrevive, e passará pela maior experiência de sua vida tendo como improvável companheiro um lobo que passa de predador a protetor, nesta saga que será um marco na relação que estreita o laço entre eles.
Filmado em excelentes locações nos Estados Unidos, Canadá e Islândia (com uma significativa ajuda da computação gráfica), as paisagens entre montanhas, planícies e geleiras, são aproveitadas em deslumbrantes planos panorâmicos que servem e marcam o pano de fundo da narrativa, que infelizmente é feita por um enredo arrastado e muito clichê.
Existe um desequilíbrio real entre a linda fotografia e o pobre roteiro, com uma paisagem digna de lindos enquadramentos, que não supre a história, que mesmo tendo um final que surpreende, o desenvolvimento se perde no decorrer da história.
A direção de Albert Hughes (O Livro de Eli), desta vez em carreira solo pois era de costume trabalhar com o irmão gêmeo Allan Hughes, nos entrega um início épico, que tinha tudo para ser melhor explorado, e acaba empacando numa produção de baixo orçamento onde faltou ousadia para sua conclusão.
O destaque fica à cargo de Alfa (Lobo/Cão) com uma atuação digna de um prêmio.
PS: Fica um lema: "Força e Paciência".
Nota 7,5
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