Crítica - A Freira ( Por Edmo Jr. )

Por Edmo Jr.
A Freira ( The Nun ), o mais novo capítulo do universo de Invocação do Mal ( The Conjuring ) chega aos cinemas. Com direção de Corin Hardy ( O Dia das Bruxas ), o filme promete ser o mais "tenebroso" da franquia, e aparentemente, consegue ser.
No filme, em 1952, uma noviça, irmã Irene, interpretada por Taissa Farmiga ( American Horror Story ), e o padre Burke, interpretado por Demián Bichir ( Os Oito Odiados ), são enviados para um convento de clausura na Romênia para investigar o suicídio de uma de suas freiras em circunstâncias misteriosas. Durante sua investigação, claro, eles descobrem a presença de algo maligno, o demônio Valak ( visto anteriormente em Invocação do Mal 2 ), na forma da freira interpretada por Bonnie Aarons, mais uma vez.
Taissa, que lembra muito sua irmã, Vera Farmiga ( Invocação do Mal 1 e 2 ), faz um trabalho excelente, seu personagem, uma noviça que ainda não fez seus votos, carrega a responsabilidade de levar a história por caminhos diferentes do que o padre Burke segue em sua investigação, dado que o padre não pode ter acesso a certas partes do convento, o personagem de Bichir ( que também está muito bem no filme ), é um padre "especializado" em casos um tanto sombrios das igreja, por isso, conforme o filme avança e pensamos "tá brincando que esse cara vai atrás?", lembre-se, ele é um padre acostumado com casos de exorcismo e coisas do tipo, então, para ele, não há o que temer até que se prove uma ameaça real.
Em sua investigação, eles são guiados até o convento por Frenchie, de Jonas Bloquet ( Valerian e a Cidade dos Mil Planetas ), um jovem francês..... francês não, franco-canadense, que mora no vilarejo próximo ao convento. Frenchie compartilha uma das cenas mais horripilantes do filme, em uma ambientação que lembra os clássicos dos anos 30 e 40, como Drácula, Frankenstein e Lobisomem.
Não poderia deixar de falar de Bonnie, a freira demoníaca/Valak, que continua assustadora como sempre, se isso serve como elogio ... O trabalho de maquiagem é espetacular.
O convento é assustador, no melhor estilo Drácula, com direito a um cemitério e bastante névoa. Corin Hardy dá ao filme um tom bem sombrio, que, mesmo utilizando técnicas já conhecidas para guiar o suspense durante o filme, ainda consegue ter sucesso, e com direito há alguns bons sustos, diga-se de passagem, Hardy faz isso com louvor. A trilha sonora de Abel Korzeniowski, dá o tom ao filme, e serve como um "termômetro" para o terror que se aproxima, assim como a fotografia sombria de Maxime Alexandre, ambos merecem todos os créditos possíveis.
O que nos deixa mais confortáveis, é saber que o filme faz parte de algo maior, algo que, sem dúvidas não termina com ele, como as referências, que encontramos durante o filme ao universo cinematográfico criado por James Wan, que neste filme, atua como produtor e escritor ( ao lado de Gary Dauberman ). O filme busca nos filmes anteriores da franquia suas conexões, algo muito bem feito por sinal.
A história se desenrola sem pressa, até porque, sabemos que o filme não dá um fim a Valak, que sabemos que aparece posteriormente, dando assim mais tempo para destrinchar a origem do mal e desenvolver a história.
Com uma ótima ambientação e uma trilha sonora de arrepiar, A Freira é uma boa pedida para os fãs de terror e do universo de Invocação do Mal.
Nota 8,5
A história se desenrola sem pressa, até porque, sabemos que o filme não dá um fim a Valak, que sabemos que aparece posteriormente, dando assim mais tempo para destrinchar a origem do mal e desenvolver a história.
Com uma ótima ambientação e uma trilha sonora de arrepiar, A Freira é uma boa pedida para os fãs de terror e do universo de Invocação do Mal.
Nota 8,5
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