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Crítica - Bumblebee ( Por Edmo Jr. )

homem Aranha


Por Edmo Jr.

O diretor Travis Knight ( Kubo e as Cordas Mágicas ) traz para as telas, Bumblebee, o que poderia ser interpretado como um filme derivado da franquia Transformers, na verdade é um reinício para a franquia, a qual tem fãs divididos entre o amor e ódio pelo que o diretor Michael Bay fez com os filmes da franquia.

Em Bumblebee, vemos o guerreiro Autobot, B-127Bumblebee ), ser enviado à Terra em busca de refúgio, e para proteger o planeta de uma possível invasão Decepticon, após a guerra iniciada em Cybertron.

Na Terra, em 1987, Bumblebee encontra refúgio em uma pequena cidade da Califórnia, Brighton Falls, onde Charlie, interpretada por Hailee Steinfeld, encontra o Fusca, o qual ela descobre ser o Autobot refugiado, e ambos desenvolvem uma linda amizade, em meio ao risco de invasão. Enquanto a relação de Charlie e Bee se desenvolve, o agente Burns, de John Cena, lidera uma agência governamental, que cuida de possíveis ameaças alienígenas.

Hailee é linda e talentosa, apesar de um papel bem diferente de sua estreia no cinema em Bravura Indômita, em 2010, a jovem atriz desde então, evoluiu em sua carreira de atriz ( e também cantora ). Charlie traz a rebeldia e os problemas de uma adolescente em meio aos anos 80. O agente Burns de Cena, é agressivo, as vezes exagerado, mas nada que estrague seu personagem. Durante o filme também conhecemos Memo, de Jorge Lendeborg Jr., o jovem que se torna amigo de Charlie, é responsável por parte do alívio cômico do filme, a química entre Hailee e Jorge é bacana.

Enquanto os filmes anteriores da franquia possam ser cheios de erros, e falta de desenvolvimento e enrolação demais em seus roteiros, este filme acerta, com um roteiro simples, escrito por Christina Hodson, e uma história já conhecida pelos fãs, sem espaço para subtramas absurdas focando na família de seus personagens (humanos) secundários, afinal, o que interessa é a guerra entre Autobots e Decepticons.

Ambientado nos anos 80, a trilha sonora dispensa comentários, outro ponto positivo para a produção, recheado de clássicos, de Tears for Fears a A-HA, Sam Cooke e The Smiths, entre outros, sem esquecer de Dario Marianelli, o compositor por trás da trilha sonora original do filme, que foge do tema criado para os filmes anteriores.

Com certeza, o maior acerto da franquia, é o visual de seus personagens, nesta parte, o diretor buscou no material de origem, lá em 1984, o visual conhecido como Geração 1 ( G1 ) de Transformers, algo que sem dúvidas irá mexer com a memória afetiva ( praticamente um dedo na ferida ) de qualquer fã. Os efeitos visuais merecem destaque também, em meio a ação, seja em Cybertron ou na Terra, é possível identificar os personagens que participam da sequência, sem causar confusão aos fãs e espectadores em geral.

Michael Bay é um dos produtores do filme, mas não se preocupe, o filme está longe de ter as explosões megalomaníacas das quais são culpadas por traumatizar a maioria dos fãs da franquia, sua participação na produção é imperceptível.

No geral, Bumblebee pode ser visto como uma 'correção de curso' para a franquia que apesar de milionária, vinha perdendo a força entre os fãs, ainda assim, o filme possui referências aos filmes anteriores, como um aceno de algo sendo refeito e talvez agora, feito de maneira correta.

PS: O filme possui uma cena no início dos créditos finais.


Nota 9,5

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