Crítica - Alita: Anjo de Combate ( Por Edmo Jr. )

Por Edmo Jr.
Alita: Anjo de Combate ( Alita: Battle Angel ) está chegando aos cinemas graças a uma parceria que muitos não esperavam, os diretores Robert Rodriguez e James Cameron (agora como produtor e roteirista) se uniram para dar vida à obra de Yukito Kishiro, o mangá Battle Angel Alita / Gunnm ( que também conta com um anime ).
Em Alita, no ano de 2563, após uma grande guerra, um evento conhecido como "A Queda", o Dr. Dyson Ido, interpretado por Christoph Waltz ( Bastardos Inglórios, Django Livre ), busca em meio ao "lixo" de Zalem ( uma cidade flutuante ), algo reaproveitável, onde ele encontra restos de um ciborgue, o qual ele recupera e traz de volta à vida. Então conhecemos Alita, de Rosa Salazar ( Maze Runner, Bird Box ), em meio a uma cidade caída, criminosos e guerreiros-caçadores, Alita descobre suas habilidades e tenta saber mais sobre seu passado misterioso.
Waltz e Salazar tem uma relação "pai e filha", é bacana, mas necessitaria de um pouco mais de emoção? Talvez. Waltz não precisa se esforçar para o papel, muito seguro, apesar de diferente de seus outros papéis. Salazar, que traz Alita para às telas através da captura de movimentos, dando ao personagem um visual mais próximo do mangá, está fantástica.
O elenco também conta com Jennifer Connelly como Chiren, e Mahershala Ali como Vector, em papéis importantes para a trama, um pouco mais de desenvolvimento seria bom para ambos, mas não afeta o produto final. O filme conta também com participações de Ed Skrein, Eiza González, Keean Johnson, Edward Norton, Jai Courtney, Jorge Lendeborg Jr. e Michelle Rodriguez.
O visual do filme revela um contraste entre "tecnologia e sucata", mais um exemplo de que o futuro, apesar das inovações, pode ser sombrio. Os efeitos especiais dispensam elogios, feitos em parte pela WETA Digital ( O Senhor do Anéis, Avatar ), a fotografia também é muito bacana, destaque para as cenas de ação em um ritmo frenético, e as partidas de motorball, com muito slow motion!
Em relação a adaptação em si, a história é desenvolvida praticamente como a origem do personagem, como no anime ( com um fidelidade absurda em momentos chaves ), com liberdade para adaptar e criar, é bem desenvolvido. O roteiro de Cameron, Rodriguez e Laeta Kalogridis, é limpo, não é perfeito, mas sem falhas gritantes, nada que incomode a experiência de ser apresentado a este novo mundo.
Rodriguez, extremamente competente, assume um direção diferente da que o público está acostumado com suas produções, um blockbuster de ficção ao lado de James Cameron, uma produção impecável, não tinha como dar errado.
Uma adaptação de mangá/anime bem feita, com um visual as vezes saturado, mas que nos apresenta a um mundo de possibilidades....inclusive, claro, o início de uma franquia.
Nota 9,0
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