Crítica - A Mula ( Por Junior Fernandez )

Por Junior Fernandez
Amigos da Sétima Arte
Vamos falar da Estrada?
Sim a famosa e longa estrada chamada vida, aquela que é cheia de curvas sinuosas, percalços e buracos, as vezes é plana e calma, e basta ser um bom motorista, porque para enfrentar caminhos tortuosos devemos sempre manter os olhos abertos e o coração tranquilo.
Quem diria que o motorista da nossa história em questão seria Earl Stone (Clint Eastwood), um senhor que dedicou toda a sua vida a cuidar de flores, (especificamente lírios) um renomado floricultor que recebeu vários prêmios, têm sua vida completamente modificada pelo progresso do mundo virtual indo praticamente a falência.
Por um desvio do destino, nosso protagonista que se orgulha de ser um exímio motorista que nunca tomou sequer uma multa, ao ver sua vida chegar em uma encruzilhada aceita um serviço de entregador, simples, é pegar um pacote, levar ao destino combinado e ser pago por isso, só que infelizmente este não é o melhor caminho para seguir.
Esta é o enredo de A Mula (The Mule), baseado em uma história real que veio a público através de um artigo no jornal americano The New York Times (A Mula de Drogas de 90 anos do Cartel de Sinaloa), apesar de ser um estereótipo acima de qualquer suspeita, o cartel era monitorado pela Divisão Anti-Drogas, pelo investigador Colin Bates (Bradley Cooper), que em um cerco ferrenho faz de tudo para capturar o nosso entregador.
Com um elenco de peso, posso citar Laurence Fishburne (o chefe da divisão policial), Dianne Wiest (a esposa), Andy Garcia (o líder do cartel de drogas), Michael Peña (o parceiro do investigador), Alisson Eastwood (a filha) e Taissa Farmiga (a neta) entre outros.
Clint Eastwood também assina a direção e produção desta obra bem cadenciada, com tomadas bem feitas, toques de humor ácido, nada de politicamente correto, trilha sonora marcante, e a emoção na medida do possível, transformam esta obra que é um tributo à vida, e se caso realmente for confirmado que este seja o último filme dele, simplesmente fechou com chave de ouro.
E por mais que a estrada que estamos possa parecer tortuosa, o caminho que percorremos nunca será tão estreito.
Ps: Me lembrem que se caso eu chegar aos 90 anos, eu posso perder o filtro de vez e simplesmente falar o que der na telha.
Nota 9,0
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