Crítica - Hellboy ( Por Edmo Jr. )
Por Edmo Jr.
Enfim o reboot de Hellboy
chega aos cinemas (brasileiros, na gringa estreou em abril), o personagem
criado por Mike Mignola retorna dessa vez interpretado por David Harbour e
dirigido por Neil Marshall, o filme chega com a promessa de ser uma adaptação mais fiel aos
quadrinhos originais da Dark Horse Comics.
No filme, a antiga
feiticeira Nimue, conhecida como a Rainha de Sangue, interpretada por Milla
Jovovich, volta à vida para se vingar da raça humana e trazer as criaturas das
trevas para o mundo dos homens, cabe a Hellboy, claro, impedir que tal coisa
aconteça.
Harbour manda muito bem no
papel, com alguma liberdade à mais do que a versão anterior do
personagem, em certo momento, a versão de Harbour do personagem se aproxima do trabalho de Ron Perlman no papel (que mandou muito bem também), acompanhando o garoto do
inferno, estão Ian McShane, como Trevor Bruttenholm, o pai adotivo de Hellboy, que dispensa comentários,
Daniel Dae Kim com Ben Daimio e Sasha Lane como Alice Monaghan, ajudando
Hellboy e o BPDP (Bureau de Pesquisa e Defesa Paranormal) a enfrentar a ameaça
que se aproxima.
Este filme não se trata
de um filme de origem, quando vemos Hellboy, o personagem já está estabelecido
e com uma vasta historia de fundo a ser explorada, o que acontece, claro,
durante o filme, e isso conta também para personagens como Daimio e Alice, não
por falta de tempo para desenvolver, mas para revelar como chegaram ali.
O ponto negativo (minha
opinião), é o roteiro, que parece apressar os eventos, junte isso à uma edição
rápida, que é certeira nas cenas de ação (ponto positivo), mas que em momentos que deveria
desenvolver certos acontecimentos, não o faz. O desenvolvimento da própria
vilã, Nimue, é apressado, apesar de ter sua origem contada no prólogo do filme. O que talvez cause
estranheza para alguns, é a introdução de mais personagens dos quadrinhos nunca
antes vistos nas telas, como a bruxa Baba Yaga e o Gruagach, seres medonhos. Os efeitos especiais e
visual dos personagens, merecem crédito, trazendo à vida mais personagens e
cenários vistos nos quadrinhos originais.
Mas não se engane, Hellboy
não é um filme com tanto humor quanto foi mostrado no primeiro trailer, não é o
tipo de filme de super-herói que você deva levar as crianças para assistir (até por causa da
censura, 16 anos), o filme abusa do visual dos quadrinhos, das cenas sangrentas, a tal
violência gráfica e tudo o que faz de Hellboy um sucesso nas HQs.
Neil Marshall se esforça
para entregar um filme fiel as suas raízes nos quadrinhos, Mike Mignola,
criador do personagem, também assina o roteiro ao lado de Andrew Cosby e Christopher Golden, entregando um filme sombrio, violento e sangrento, diferente do habitual.
No fim, Hellboy é um filme que deve agradar os fãs de quadrinhos e aqueles que estão abertos à releitura de seus personagens.
Ps: o filme possui uma
cena durante os créditos finais.
Nota 7,5
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