Crítica - O Rei Leão ( Por Edmo Jr. )

Por Edmo Jr.
Eis que o diretor de Homem de Ferro e Mogli: O Menino Lobo, Jon Favreau, nos presenteia com uma versão fotorrealista do clássico animado da Disney, O Rei Leão ( The Lion King, de 1994 ). O tão aguardado remake estreou nos cinemas essa semana, e é um presente para os fãs do original.
Na história, ambientada na savana africana, o pequeno Simba ( Donald Glover ), filho do rei Mufasa ( James Earl Jones ), pretende seguir seu destino de assumir o reinado, mas nem todos do reino pensam dessa maneira. Scar ( Chiwetel Ejiofor ), irmão de Mufasa e ex-herdeiro do trono, tem seus próprios planos. Como já sabemos, a história é repleta de traição, eventos trágicos e drama, resultando no exílio de Simba. Com a ajuda de dois novos e inusitados amigos, Timão ( Billy Eichner ) e Pumba ( Seth Rogen ), Simba terá que crescer e voltar para recuperar o que é seu por direito.
A história se mantém fiel ao original, muitas das sequências da animação parecem simplesmente transportadas para a versão em CGI, perfeito, o visual é espetacular, desde as paisagens, que possuem uma fotografia maravilhosa, ao realismo das criaturas, o trabalho de interpretação, se posso chamar assim, o fato dos animais transmitirem emoção, levando em consideração que alguns possuem expressões faciais muito pouco perceptíveis, não é uma falha do longa, apenas uma limitação quando se trata do realismo, não se pode comparar as figuras cartunescas do clássico com este filme, seria covardia.
As canções clássicas estão no filme, algumas até bem interpretadas, mas como em Aladdin, o estúdio não fez questão de se manter fiel ao original e manter as vozes pelas quais nossa memória afetiva responderia com emoção, talvez por escolha do diretor de dublagem ou algum outro motivo que desconhecemos, mas o único ponto negativo do filme, infelizmente, é a dublagem brasileira, não em um todo, claro, mas infelizmente, a escolha do dublador do protagonista ( Ícaro Silva, Simba adulto ), é deficiente, principalmente ao interpretar as canções clássicas, o que causa certo constrangimento e faz o telespectador rir ( de tristeza, infelizmente ), lembrando que um dublador, é um ator, sabe atuar, precisa, mas um ator, não é um dublador, o que acarreta em alguns desastres com nossa dublagem, tão famosa e tão bem feita há décadas, digo isso como fã da nossa dublagem, e quando vejo algo do tipo acontecer, fico puto ( perdão pelo palavrão ), escolhas erradas, um artista da moda dublando (algo que nunca fez antes, e não possui preparo), é desanimador e decepcionante. Tirando o protagonista, os outros personagens não ficaram ruins, claro, sentimos falta da dublagem clássica, em até certos casos, como no de Scars, sentimos a falta de emoção na voz do personagem ( confira o original ), mas não há nada a se fazer sobre isso. Já Nala, que no original é dublada por Beyoncé, aqui é dublada pela cantora Iza, algo que me surpreendeu positivamente, assim como alguns outros poucos personagens, então, Hakuna Matata.
A direção de Favreau, como em seus trabalhos anteriores, é impecável, e entrega o que o fã quer ver, uma versão nova de algo amado por décadas, com alguma liberdade com o roteiro e algumas novidades, O Rei Leão é um espetáculo visual.
Nota 9,0
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