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Crítica - Aves de Rapina ( Por Edmo Jr. )

homem Aranha

Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa ( Birds of Prey: and the Fantabulous Emancipation of One Harley Quinn ), chega aos cinemas, com um filme cheio de ação e humor, e alguns problemas de desenvolvimento.

No filme, Harleen Quinzel/Arlequina, interpretada por Margot Robbie, procura dar um novo rumo à sua vida após terminar seu relacionamento com o Coringa, nesta nova aventura, Cassandra Cain ( Ella Jay Basco ), uma jovem criada nas ruas de Gotham, rouba um diamante de Roman Sionis, interpretado por Ewan McGregor, também conhecido como Máscara Negra. Iniciando-se assim, uma caçada pelas ruas de Gotham ( cadê o Batman?! ), onde Harley cruza o caminho de Cassandra, unindo forças com a policial Renee Montoya ( Rosie Perez ), Dinah Lance/Canário Negro, de Jurnee Smollet-Bell, e Helena Bertinelli/Caçadora Mary Elizabeth Winstead ) para proteger a jovem.

Destaques no elenco ( poucos ), claro, Robbie traz de volta a personagem que se destacou em Esquadrão Suicida, que agora está insana, graças a censura mais alta ( 16 anos ), Arlequina está mais "porra louca" do que nunca, desbocada e violenta ( impagável, como deveria ser ),  a personalidade da personagem nos leva à cenas hilárias e boas sequências de ação. A Canário Negro de Smollet-Bell, apesar de uma história de fundo quase inexistente no filme, tem boas cenas e diálogos, assim como Robbie. Vale destacar também, Bruce, a hiena, o novo amor de Arlequina, o trabalho nos efeitos visuais do filme na criação em CGI do animal são extremamente satisfatórios. Já Perez Winstead, deixam a desejar, e muito, neste caso, mesmo tendo uma história de fundo "mais clara" no filme, as personagens não evoluem e carecem de carisma, Jay Basco e Chris Messina, que interpreta Victor Zsasz, são os piores, com suas versões cinematográficas sendo quase que uma afronta ao material de origem nos quadrinhos ( se você não conhece os personagens, não faz diferença ). Então, o grande vilão Máscara Negra de McGregor, infelizmente, um grande desperdício, o maior exemplo de personagem com potencial desperdiçado.

Então vamos lá, e as cenas de ação, sim, essas são excelente, pelo menos isso, com Chad Stahelski, diretor da trilogia John Wick e coordenador de dublês, foi o responsável pelas refilmagens e cenas adicionais de ação, o filme possui algumas sequências fantásticas, entre o colorido de Arlequina e muito sangue, as cenas de ação esbanjam estilo, sempre com uma trilha sonora bacana. A ambientação deixa a desejar nos 2 primeiros atos do filme, com a história situada em Gotham, você espera ver arranha-céus, a grandiosidade da cidade de Batman, mas isso não acontece, já no terceiro ato, o filme mergulha em uma ambientação sombria digna de um filme do Homem-Morcego, que por sinal, só é mencionado no filme em uma única fala.

O roteiro de Christina Hodson tenta dar atenção aos seus personagens ( mesmo falhando com a maioria ), e esquece de trabalhar a química entre eles em boa parte do filme, a direção de Cathy Yan, entrega um filme cheio de estilo, cores e violência, com um detalhe bem familiar, segue a métrica de Deadpool, desde a quebra da quarta parede à flashbacks costurados por todo o filme, pelo menos deixa claro que Aves de Rapina se passa no universo compartilhado da DC, fazendo referências à Esquadrão Suicida.

Como um filme baseado em quadrinhos que se encaixa perfeitamente no gênero ação/comédia, Aves de Rapina faz rir ( bastante, até ) ao mesmo tempo que espanta por sua violência, mas deixa a desejar no que diz respeito ao seus personagens, seja pela falta de empatia, pouca história de fundo ( ou nenhuma ), até mesmo na escolha de elenco ( ruim hein... ), e péssima caracterização de seus personagens, o filme é de Robbie, e é sua personagem que brilha do início ao fim.


Nota 6,0






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