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Crítica - Aves de Rapina ( Por Junior Fernandez )

homem Aranha

Amigos da Sétima Arte!

Vamos falar sobre Aves? 

As aves são bichos interessantes e peculiares, umas possuem rara beleza e outras detêm habilidades incomuns, especialmente as rapineiras que são carnívoras, na sua maioria possuem bicos e garras fortes além de velocidade e visão de longo alcance. 

Nada melhor do que ter um grupo de mulheres que combatem o mal (algumas com um bom senso de justiça, outras as vezes tidas como anti-heroínas) com o nome de Aves de Rapina

Grupo esse que foi apresentado nos quadrinhos da DC na década de 90. E o que aconteceria se a esse grupo fosse mesclado a mais louca personagem deste universo?

É o que teremos em Aves de Rapina : Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa.

Esta doida já nos foi apresentada nas telonas em Esquadrão Suicida (2016), Arlequina, personagem queridinha da DC interpretada magistralmente por Margot Robbie e que se propõe a repetir a dose como protagonista deste longa, pois a mesma além de narrar a história (da forma que bem entender) dá a continuidade a sua saga logo após separação do Coringa.

Em Gotham todas as histórias se cruzam, sempre temos um vilão querendo dominar tudo, a carapuça agora cabe ao gângster Roman Sionis/Máscara Negra (Ewan McGregor) cujo seu plano é capturar um diamante que detêm um código secreto.

Porém ele se vê envolvido em uma mirabolante trama onde uma ladrazinha conhecida por Cassandra Cain (Ella Jay Basco) acaba metendo a mão no bolso errado, a mesma é protegida por sua vizinha, a cantora de sua boate Dinah Laurel/Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell), sem contar que está sendo investigado pela Detetive Renee Montoya (Rozie Perez) e não esquecendo que o "Assassino da Besta" também está dando trabalho para seus capangas, mal sabe que esta assassina se auto-intitula a Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) com sua misteriosa história de vingança. 

Os leitores mais puristas irão dizer "Está tudo errado! O grupo não é esse! Essa louca nunca fez parte! Cadê a Bárbara Gordon?". Entendam, é uma adaptação usando a história como base, se aceitar esse princípio já dá pra começar a gostar do filme.

É um grupo de mulheres (o que infelizmente além de ser pouco retratado nas telas é visto de forma preconceituosa), lembrem que foi compilado de uma série de quadrinhos onde as heroínas mandam muito bem e têm seu público cativo.

Como ponto principal eu destaco as cenas de luta com ênfase nas coreografias que ficaram plasticamente incríveis e a trilha sonora que é parte integrante do filme. A narrativa do roteiro por vezes se perde no contar e recontar da história e as vezes pode incomodar um pouco, creio que foi o artifício usado para unir as histórias e pontas soltas incluindo algumas apresentações de gênese de personagens. 

A direção é de Cathy Yan que enaltece as protagonistas e em sua segunda direção de um longa entrega um trabalho suficientemente plausível mesclando o estremo colorido ao famoso tom violento e sombrio da DC para este roteiro meio bagunçado e rápido que lembra muito o que foi apresentado em Esquadrão Suicida

Assista livre de preconceitos, cinema é também diversão, ainda mais os filmes de heróis. 

Ps:O filme não possui cena pós-créditos, porém existe uma piadinha em áudio no final!


Nota 8,5

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